Salvador é uma das mais famosas capitais brasileiras, conhecida pela sua vida, alegria, carnaval e diversão. No entanto, pelos dados de uma pesquisa do IBGE divulgada recentemente, é também uma cidade que ficará famosa pelo seu consumo exagerado de álcool. De acordo com a pesquisa, a cidade é a capital nacional com o maior nível de consumo de bebidas alcoólicas de todas.
Por outro lado, a cidade se destacou ao ser a capital com menor índice de fumantes de todo o país. É claro que, na prática, o cigarro faz um mal danado e deve ser evitado, as o álcool é negativo também para a saúde e o nível de consumo soteropolitano levanta preocupações das autoridades de saúde. Hoje em dia, com a pandemia do novo coronavírus, esse tipo de tendência a beber em excesso é considerado um agravante sério para o desenvolvimento de dependência química e outros problemas.
De acordo com a pesquisa do IBGE, aproxidamente 40,2% de todos os adultos de Salvador (o equivalente a 919 mil pessoas) bebem pelo menos uma vez por semana. Isso faz com que a capital baiana fique no topo da lista de consumo recreativo de álcool, seguida de perto por Florianópolis e por Porto Alegre, que ficam no Sul do país. Os dados também colocam Salvador acima da média do estado da Bahia. Na região, são 26,7% das pessoas adultas (o equivalente a 4,2 milhões de pessoas) afirmando que consome álcool pelo menos uma vez por semana. Em comparação com outros estados, a Bahia fica apenas na 8ª posição. Os líderes do país são o Rio Grande do Sul, onde 34% dos adultos bebe uma vez por semana, Mato Grosso do Sul (31,3%) e São Paulo (31%). No lado oposto do ranking estão Amazonas (14,4%) e Acre (12,6%).
A situação mostra que a predilação pelo álcool parece ser mais intensa em Salvador do que nas outras cidades do estado. Não há uma razão clara pela qual isso acontece, exceto talvez o fato de que a cidade conta com mais opções para o consumo, como serviços estilo bebidas delivery em Rappi e outros aplicativos.
No outro extremo do consumo de substâncias tóxicas, Salvador é a capital nacional com menor percentual de fumantes do Brasil: 4,8%. São Luís, do Maranhão, empatou nessa colocação também: 4,8%. Quem mais fuma foi Porto Alegre, com 14,4%, o que levanta um sinal vermelho para a capital gaúcha, já que ela também bebe muito.
O problema desses dados para Salvador é que a bebida é altamente viciante, ainda que esteja fora do hall de substâncias químicas proibidas. O que o álcool faz é desativar o sistema que “liga” o nosso lobo pré-frontal, chamado de “Freio do Cérebro”. Isso torna o nosso comportamento mais agressivo e impulsivo.
Além disso, com a pandemia do novo coronavírus, subiu muito o nível de ansiedade da população. Como o álcool alivia momentaneamente essa situação, seu consumo pode se tornar excessivo e cauar dependência química.
Por isso, é útil para a população evitar tomar tantas cervejinhas assim. Uma de vez em quando, não faz mal. No entanto, toda semana pode ser um problema.
Como deu para ver, é importante que a população de Salvador reduza o consumo de álcool. É claro que um pouquinho de vez em quando não faz mal, mas a tendência de beber frequentemente e o fato de ser algo tão comum na sociedade da cidade levanta sinais de preocupação nessa pandemia do novo coronavírus, muito porque realmente há a possibilidade de muita gente desenvolver uma dependência por causa do excesso de consumo de álcool.
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