Saúde da Família

Saúde da Família

O programa tem pouco mais de 25 anos e oferece descentralização do modelo até então utilizado na saúde brasileira e visa facilitar o funcionamento de hospitais que não atendem à demanda atual.

 

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é uma atividade implantada pela Secretaria de Saúde em 1994, quando era denominado Programa Saúde da Família (PSF). O objetivo era acabar com a ideia do atendimento de urgência, ou seja, atender os pacientes apenas quando já estavam doentes, e prestar atenção básica sob responsabilidade solidária da União, dos estados e dos municípios.

 

Parte da estratégia de descentralização prometida pela atenção básica consiste em vacinação, atendimento odontológico, consultas, check-ups de rotina, campanhas de orientação e educação. O objetivo é reduzir a carga sobre os hospitais públicos que não estão adequadamente estruturados para apoiar a prevenção e o tratamento.

 

Por se tratar de uma mudança cultural, ainda é difícil livrar a população da ideia de que o hospital não deve ser a porta de entrada para o tratamento. É comum os cidadãos, principalmente os acostumados ao antigo modelo de tratamento, pularem a fase de pré-atendimento de uma unidade básica de saúde (UBS) e recorrerem a emergências e emergências. Por sua vez, alguns governantes continuam a se enganar ao interpretar a atenção básica como menos importante, pois a prevenção, além dos já mencionados benefícios para a população, também pode ajudar a reduzir os gastos do governo.

 

 

Importância da FSE na Política Nacional de Atenção Primária à Saúde (PNAB)

 

A PNAB é um documento publicado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de ser o guia definitivo das ações de saúde a serem desenvolvidas em um país. Nos últimos anos, este documento destacou a importância da atenção primária à saúde e apontou as conquistas da ESF no Brasil. … A PNAB utilizou a consulta pública para construir e solucionar um problema existente nos serviços de atendimento, no último relatório de 2017, o Ministério da Saúde recebeu 8.369 contribuições de profissionais de saúde.

 

Algumas características são destacadas para fins da Estratégia Saúde da Família da PNAB:

 

• Ter uma equipa multiprofissional composta, pelo menos, por clínico geral ou de saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou profissional de saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Você também pode adicionar profissionais de saúde bucal, como dentistas gerais ou profissionais de saúde da família, auxiliares ou técnicos odontológicos.

 

• O número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com no máximo 750 pessoas por ACS e 12 ACS por equipe de Saúde da Família.

 

• Cada grupo de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 cidadãos, com uma média ideal recomendada de 3.000, sujeito aos critérios de equidade para esta definição.

Registro de cada profissional de saúde em um FSE, com exceção de um médico que pode trabalhar para no máximo dois FSEs.

Ênfase na multidisciplinaridade que proporciona uma visão de 360 ​​graus de cada usuário do serviço.

Ou seja: acompanhamento integral, interdisciplinar e liderado por equipes capacitadas que acompanham o ambiente em que vive o cidadão são requisitos fundamentais para o sucesso da Estratégia Saúde da Família.

 

O futuro da prevenção

 

A prevenção de doenças não é um problema novo, todo o modelo de saúde brasileiro, principalmente a atenção básica, vem se desenvolvendo em torno desse problema. Com o avanço das tecnologias de análise preditiva e diagnóstica, geração e análise de dados suportadas por soluções de inteligência artificial, analytics e business inteligente, existe uma tendência de aplicar este conceito de forma mais automatizada e menos onerosa.

 

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